48 minutos e 54 segundos foi meu melhor tempo em quatro provas do Circuito das Estações Adidas. Para chegar nele nem tive que treinar mais forte. Dessa vez o que fez a diferença foi a organização da corrida. Terminei os 10km inteiro, mas já no limite. Não dava pra correr mais forte, então mantive um ritmo até a linha de chegada. O clima estava bem frio, com um pouco de garoa. Quem fez em mais de uma hora teve que correr na chuva fina. Na maior parte do tempo corri em um bloco onde poucos ultrapassavam, estávamos praticamente no mesmo ritmo. Isso ajudou a melhor meu tempo, já que não tinha de ficar desviando de quem ia mais de vagar. Foi assim também na largada, resultado da separação por pelotões (a baixo de 45 min/ pelotão Quênia, a baixo de 55 min/ pelotão azul, a baixo de 01 hora e 05 min/ pelotão verde e a cima de 01 hora e 05 min/ pelotão branco). Antes mesmo da largada essa divisão já estava mudando a rotina das provas do circuito. As pessoas comentavam sobre a escolha do pelotão (o pelotão Quênia é exclusivo para quem tem tempo comprovado nas provas realizadas pela revista O2 em 2009 e para os outros cada corredor informava sua previsão de tempo) e sobre a possibilidade de melhorar as marcas para avançar em direção ao pelotão Quênia. A área do primeiro pelotão estava enfeitada com bandeiras quenianas e os números de peito eram personalizados. Para os outros pelotões pulseiras identificavam os corredores. Só fui para meu pelotão (azul) dez minutos antes da largada (8h), por causa do frio fiz aquecimento e alonguei dentro do vestiário na área próxima ao guarda-volumes. Distribuição de chips e guarda-volumes funcionaram bem, como sempre. Apesar do frio, ameaça de chuva e do feriado de 9 de julho muita gente foi até o Pacaembu. Por isso, mais uma vez, valeu chegar bem cedo para poder estacionar na Praça Charles Miller, que já tinha metade das vagas ocupadas as 6h.
Foi assim a etapa de Inverno, de longe para mim, a mais difícil das estações. Agora, motivado a baixar 4 minutos, vou treinar forte para correr com os “quenianos”.