terça-feira, 30 de junho de 2009

MARATONA DE SP 2009

Terrível define bem como foi a minha aventura pelos 42.195 metros dessa prova única. Sei que existem provas mais dura, mas hoje a maratona é meu limite. Quando completei a edição de 2008, minha primeira vez, eu fiz a preparação “perfeita” e tudo deu certo no dia da prova e nas semanas anteriores. De lá pra cá muita coisa aconteceu. Um atropelamento, uma demissão, alguns quilos a mais e, pra completar a série de erros, uma preparação muito inferior a do ano passado. Corri mal a Meia-Maratona e diminui muito os treinos nas últimas semanas. Mesmo assim me posicionei na largada pontualmente (depois de pegar ônibus da chegada até a largada e guardar minhas coisas nos “ônibus guarda-volumes”), aqueci, alonguei e esperei o tiro de canhão tradicional. Ainda havia tempo para eu errar mais uma vez. Acredito que por estar correndo pela segunda vez, me empolguei demais no início e forcei o ritmo. Tudo certo até o km 20 quando parei para usar o banheiro (ano passado fiquei com medo de desidratar e bebi bastante água, parei quatro vezes. Esse ano eu fui apenas uma vez). Quando voltei a correr minhas pernas começaram a doer muito na altura do joelho. Uma dor forte, de fadiga mesmo. Parecia que eu tinha corrido um dia inteiro. Fazia muito frio e sentia os joelhos gelados. Levei Gelol comigo e passei nas duas pernas. Foi pior. O vento batia e a sensação era de ter deixado tudo mais frio. Daí pra frente foi a pior experiência em todos esses anos de corrida. Nunca me machuquei correndo, nunca senti dor a ponto de ter que parar e caminhar longos trechos. Mas era um fato, nada melhorava. Num ponto procurei um lugar com sol pra esquentar as pernas, parei e alonguei. Foram paradas curtas, mas que me desanimavam. A partir km 30 eu corria 100, 200 metros e caminhava outros 500. O frio só aumentava e as pernas pareciam que ia travar de verdade. Nos últimos 3 km devo ter caminhado dois deles. Um ponto interessante foi que eu não era o único. Tinha muita gente caminhado e isso foi bom para incentivarmos uns aos outros. Esse detalhe foi importante nos 500 metros finais onde combinamos, eu e mais dois corredores, de não cruzar a linha de chegada caminhando. Conclui minha segunda maratona em 5h 25min. (em 2008 fiz em 4h 45min). Ainda na área de chegada prometi voltar ano que vem. Mais humilde (correr por prazer e não preocupado em baixar tempo), mais preparado (nada substitui uma boa preparação) e, com certeza, mais experiente (como dizem, “um tropeço é melhor professor do que o sucesso”).

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